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Delmiro Gouveia,08/12/2024

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Conselho de Segurança da ONU pede pausa humanitária por ajuda em Gaza

Colegiado supera impasse, após quatro tentativas feitas no mês passado


Conselho de Segurança da ONU pede pausa humanitária por ajuda em Gaza Conselho de Segurança da ONU. Foto: David Dee Delgado

O colegiado, que tem 15 membros, superou um impasse, após quatro tentativas sem sucesso de agir no mês passado, para adotar uma resolução que também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas.

Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, que têm poder de veto no Conselho, abstiveram-se na votação de hoje da resolução elaborada por Malta. Os 12 membros restantes votaram a favor.

A Rússia fracassou em uma tentativa de última hora de alterar a resolução para incluir um apelo por uma trégua humanitária imediata que levasse ao fim das hostilidades.

O impasse no conselho tem se concentrado principalmente na questão de se pedir uma pausa humanitária ou um cessar-fogo. Uma pausa é geralmente considerada menos formal e mais curta do que um cessar-fogo, que deve ser acordado pelas partes em conflito. Os Estados Unidos têm apoiado as pausas, enquanto a Rússia tem pressionado pelo cessar-fogo.

A resolução desta quarta-feira também não condena as ações do Hamas – um ponto de discórdia para os Estados Unidos, aliados de Israel, e o Reino Unido.

O conselho pediu "pausas e corredores humanitários urgentes e estendidos em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias" para permitir "acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido".

Esta foi a quinta tentativa do conselho de tomar medidas desde que os militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns. Israel prometeu exterminar o Hamas, que governa Gaza, atacando o enclave de 2,3 milhões de habitantes pelo ar, impondo um cerco e invadindo com soldados e tanques.

A resolução adotada hoje exige o cumprimento da lei internacional, especificamente a proteção de civis, sobretudo crianças. O texto também pede a todas as partes que não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária para sua sobrevivência, e dá as boas-vindas às entregas iniciais e limitadas de ajuda, mas pede que sejam ampliadas.

Na esteira do impasse do Conselho de Segurança no mês passado, a Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, adotou em 28 de outubro – com 121 votos a favor – uma resolução redigida por Estados árabes que pedia uma trégua humanitária imediata e exigia acesso de ajuda à Faixa de Gaza e proteção aos civis.






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