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Desde o fim do milênio anterior, com a desintegração da Iugoslávia, vivemos com a sensação de estar em guerras eternas. A destruição da Iugoslávia nos anos 90 marcou um ponto de inflexão, revelando a complexidade das tensões étnicas e religiosas que podem levar a conflitos devastadores. Recentemente, o ataque israelense em larga escala à infraestrutura nuclear do Irã, na sexta-feira (13), deixou o mundo à flor da pele, e precisa ser adicionado à lista de guerras cruciais e revolucionárias que remodelaram o Oriente Médio desde a Segunda Guerra Mundial.

O cenário de incertezas e os possíveis resultados dessa invasão israelense são múltiplos, e ninguém sabe como esse jogo entre Israel e Irã se desdobrará. Esse conflito lembra o livro "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley, uma ficção especulativa publicada em 1932, que explora como uma sociedade é controlada por uma elite que manipula a verdade e a informação. É essa dinâmica de poder que estamos vendo entre Israel e Irã, em que cada lado busca controlar a narrativa e influenciar a opinião pública.

Israel acusa o Irã de acelerar o enriquecimento de urânio para um nível próximo ao de armas, e prometeu continuar os ataques até eliminar a capacidade de fabricação de armas nucleares do Irã. Enquanto o Irã nega veementemente essas acusações, invocando motivos de ética religiosa. Até o momento, a realidade não comprovou a existência de armas nucleares no Irã, apesar das acusações recorrentes.

Assim como em "Admirável Mundo Novo", o atual cenário entre os dois países é marcado pelo controle e manipulação, em que a ameaça nuclear iraniana é usada para justificar ações militares preventivas por parte de Israel. Além disso, o assessor de Putin, Vladimir Medinski, recentemente ameaçou com uma guerra nuclear que poderia aniquilar a vida em nosso mundo.

Mas o que isso tem a ver conosco? A escalada das tensões entre Israel e Irã, e as ameaças nucleares envolvidas, pode ter um impacto global desencadeando uma desestabilização econômica mundial, não se limitando apenas à região do Oriente Médio.

A região é crucial para a produção e exportação de petróleo, e qualquer instabilidade pode levar a uma redução na oferta, aumentando os preços globais de forma estratosférica, gerando inflação no Ocidente e impactando negativamente o crescimento econômico.

A situação é extremamente complexa e delicada, e não sabemos como estará o mundo nas próximas semanas. O certo é que estaremos todos com os nervos à flor da pele, aguardando os desdobramentos desse conflito.