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Delmiro Gouveia,28/06/2025

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Presidente da Câmara usa manobra regimental para censurar vereadores e sindicato em Canapi

Servidores lotaram o auditório da Câmara durante votação do reajuste salarial da categoria, mas foram ignorados pela maioria dos vereadores

PEGM / Marcio Martins
Presidente da Câmara usa manobra regimental para censurar vereadores e sindicato em Canapi
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Uma votação meramente simbólica para fazer cumprir as regras legislativas, assim foi a votação do reajuste salarial dos profissionais da educação na última segunda-feira (23) pela Câmara Municipal de Vereadores de Canapi no alto sertão de Alagoas. Isso porque o percentual concedido pelo Poder Executivo Municipal já havia sido definido em 11% , apesar do déficit salarial de 18% do município para com os servidores da educação. Portanto, coube apenas aos vereadores cumprir com o trâmite legislativo. Até ai tudo bem! Todavia, se aproveitando do feriado de São João no dia da Sessão Ordinária (terça-feira, 24), a mesa diretora da casa antecipou a sessão para a segunda-feira (23), porém, transformando a sessão ordinária em sessão extraordinária, que na interpretação regimental feita pelo presidente, não daria direito ao uso da tribuna e nem mesmo a fala dos vereadores.

Interpretação diferente da que foi feita pelos vereadores Davi de Vieira e Camila Paulino que acusaram o presidente Luciano Carnaúba de instituir  "CENSURA" no parlamento municipal após o presidente colocar o PL do reajuste em votação e depois de aprovado por unanimidade, encerrar a sessão sem que os vereadores pudessem discursar.

Acontece, que a acusação de "CENSURA" não partiu apenas dos dois vereadores de primeiro mandato, mas também do Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Prof° Uilo Paulino, que seguindo orientação da própria mesa diretora da Câmara, havia protocolado um requerimento dias antes da sessão, para fazer uso da tribuna no dia da votação, mas também foi impedido, mesmo com o auditório da Câmara lotado de servidores da educação.

Mas o pior ainda estava por vir, após encerrar a sessão, a maioria dos vereadores deixaram a sessão ignorando completamente os servidores que ainda aguardavam o pronunciamento dos vereadores Camila e David e principalmente do presidente do SINDSCAN, Uilo Paulino, que se pronunciaram fora do rito legislativo.

Destaque para a fala do Prof° Uilo Paulino que destacou que o percentual de reajuste aprovado em 11% não era um reajuste ruim, mas, que, porém, poderia ser melhor, a ponto de zerar o déficit de 18% e ainda ter possibilidade de ao final do ano haver rateio das sobras dos Fundeb/2025, uma vez que, para esse ano, a estimativa do crescimento de receita é de R$: 11 milhões de reais em comparação ao ano passado (2024). 

Uilo ainda lamentou a postura da mesa diretora de não permitir o uso da tribuna popular e dos vereadores que deixaram a sessão, ao tempo em que criticou o absurdo número de contratos na educação que impedem o município de pagar um reajuste digno a categoria efetiva, bem como de um rateio justo ao final de cada ano.




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