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Delmiro Gouveia,27/04/2024

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USP afasta professor que deu “premio de pior aluno” a uma estudante de geologia

"Fatos narrados são tristes, desrespeitosos e aviltantes e não coadunam de maneira alguma, com a filosofia da gestão recém-iniciada", diz direção do Instituto de Geociências

Fonte: CNN Brasil
USP afasta professor que deu “premio de pior aluno” a uma estudante de geologia Imagem: Reprodução

Um professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) foi afastado após alunos terem denunciado um suposto caso de assédio moral.

O episódio teria ocorrido durante uma aula de Geologia Geral para o primeiro ano de bacharelado do curso. O docente Joel Barbujiani Sigolo teria chamado uma estudante até a frente da sala de aula para receber um “prêmio de pior aluno” da turma e utilizado termos “jocosos” para se referir a ela.

De acordo com uma nota de repúdio divulgada pelo Centro Acadêmico do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, o professor decidiu premiar, com livros de sua autoria sobre geologia, os dois alunos da turma que tiveram o melhor desempenho em sua disciplina.

Em seguida, chamou uma aluna que teve baixo desempenho para ir até a frente da sala e receber o “prêmio de pior aluno”, que seria um livro de poesias, também de autoria do professor.

Após a estudante se negar repetidas vezes a levantar e receber o prêmio, o professor teria utilizado termos “jocosos” para se referir a ela e lido um trecho do livro em voz alta.

De acordo com o centro acadêmico, a aluna em questão precisou se ausentar de atividades acadêmicas por problemas de saúde, o que acabou impactando a sua nota. Os estudantes argumentam que a atitude do professor feriu o código de ética da universidade.

Em nota, a diretoria do Instituto de Geociências da USP disse: “Foi com consternação e pesar que recebemos uma nota de repúdio redigida por alunos do IGc e de outros institutos do baixo Matão. A nota dá ciência de grave ocorrido em sala durante uma das aulas do primeiro ano do Bacharelado em Geologia. Os fatos narrados são tristes, desrespeitosos e aviltantes e não coadunam de maneira alguma, com a filosofia da gestão recém-iniciada”.

“Esclarecemos que o docente envolvido está aposentado, porém ativo via adesão ao quadro permissionário previsto no estatuto da USP. Ressaltamos que o docente será afastado de todas as atividades em sala de aula até que a situação seja melhor averiguada. Se confirmados os fatos, serão adotadas as sanções cabíveis ao caso à luz do que preconiza a jurisprudência universitária”, afirmou o instituto.

A reportagem encontrou em contato com o professor pedindo o seu posicionamento sobre o caso, mas não recebeu resposta até a publicação da reportagem.




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