A Paixão de Cristo é um dos eventos mais marcantes do Cristianismo, relembrando o sofrimento, a crucificação e a morte de Jesus. Embora católicos e protestantes compartilhem a mesma fé no sacrifício de Cristo, a forma de celebrar a Sexta-feira Santa varia entre as tradições.

A Celebração na Igreja Católica

Na tradição católica, a Sexta-feira Santa é um dia de reflexão e luto, marcado pelo jejum e abstinência de carne. A principal celebração é a Liturgia da Paixão do Senhor, que inclui a leitura do Evangelho segundo João (Jo 18–19), a adoração da cruz e a distribuição da Eucaristia.

Outra prática comum é a Via Sacra, uma caminhada espiritual pelas 14 estações que representam o caminho de Jesus até o Calvário. Além disso, em diversas comunidades ocorrem encenações da Paixão, como a tradicional apresentação em Nova Jerusalém, no Brasil.

A Celebração na Tradição Protestante

Os protestantes também dedicam a Sexta-feira Santa à lembrança da crucificação, mas com menos ênfase em rituais formais. Em muitas igrejas, há cultos especiais focados na pregação da Palavra, leituras bíblicas e momentos de oração.

Algumas denominações realizam o culto das "Sete Palavras de Cristo na Cruz", refletindo sobre as últimas frases de Jesus antes de sua morte. Diferente da Igreja Católica, não há adoração da cruz nem Via Sacra, pois a ênfase está mais na ressurreição (Domingo de Páscoa) do que no sofrimento de Cristo.

Concluo:

Apesar das diferenças nas formas de celebração, tanto católicos quanto protestantes reconhecem a importância da Paixão de Cristo como o momento central da redenção da humanidade. Enquanto a Igreja Católica mantém tradições litúrgicas e simbólicas, os protestantes priorizam a reflexão bíblica e o significado espiritual do sacrifício de Jesus.

Independentemente da tradição, a Sexta-feira Santa continua sendo um dia de fé, reverência e gratidão pelo amor demonstrado por Cristo na cruz.