TRE do Paraná decide contra cassação de Moro por 5 a 2
Senador era alvo de duas ações que o acusam de abuso de poder econômico na eleição de 2022
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) rejeitou a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
O placar foi de 5 votos a 2.
Votaram contra a cassação:
Luciano Falavinha, relator
Cláudia Cristina Cristofani
Guilherme Frederico Hernandes Denz
Anderson Ricardo Fogaça
e Sigurd Roberto Bengtsson
Votaram a favor da cassação:
Rodrigo Sade, que abriu a divergência
Julio Jacob
Moro é alvo de duas ações que o acusam de abuso de poder econômico na eleição de 2022.
“Não se pode concluir que os valores da pré-campanha foram hábeis a desequilibrar o pleito, pois os votos dos três primeiros colocados foram muito próximos em termos percentuais”, afirmou Fogaça no voto que formou a maioria.
O julgamento começou na semana passada e entrou hoje em sua quarta sessão.
O que acontece agora?
Após o julgamento no TRE-PR, as partes – acusação ou defesa – ainda podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os efeitos da decisão só são aplicados depois que o TSE analisar o caso, após ser provocado por eventual recurso.
Os advogados de PT e PL já disseram à CNN que devem recorrer da decisão.
Defesas observam “votos contrários”
Em nota, o advogado Luiz Eduardo Peccinin, da federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), disse que respeita a decisão do TRE, mas pontuou que os votos contrários no caso “deixaram clara a vultuosidade da pré-campanha de Moro”. “Aguardaremos a publicação dos votos para preparar o recurso para o TSE”, afirmou.
O advogado do PL, Bruno Cristaldi, também citou os votos divergentes – “cederam excelente argumentação” – ao falar que o partido entrará com recurso.
“O TSE dificilmente validará uma decisão que abre caminho para candidatos se lançarem a um cargo com maior teto e depois registrarem candidatura a outro, de menor expressão”, pontuou, em nota.
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