As exportações do Brasil para a Arábia Saudita atingiram em 2023 o maior patamar em 10 anos. Ainda sem os dados de dezembro, em onze meses o Brasil exportou US$ 2,937 bilhões ao país do Oriente Médio.

O teto da série histórica se deu em 2011, quando o Brasil exportou US$ 3,475 bilhões aos sauditas. O patamar de R$ 3 bilhões — que deve ser superado neste ano — também foi atingido em 2010.

Os dados foram obtidos junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), no portal Comex Stat.

A maior fatia das exportações se deu em carnes de aves, cerca de 26%. Açúcares e melaços (24%), milho não moído (12%), farelos de soja e outros alimentos para animais (6,7%), soja (6,6%) e carne bovina (6,4%) aparecem na sequência.

Em entrevista à CNN, a secretária de Comércio Exterior do Mdic, Tatiana Prazeres, afirmou que o estreitamento de relações com a Arábia Saudita pode servir como “porta de entrada” para o Brasil intensificar as trocas com o Oriente Médio.

“Muitas vezes o fortalecimento dessa relação, com um país que já é o nosso principal parceiro na região, é uma porta de entrada para outros países”, disse.

Prazeres diz que o fluxo comercial do Brasil com a Arábia Saudita é “relevante”. Ela destacou a redução no déficit comercial em 2022 — que deve se repetir neste ano.