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Delmiro Gouveia,19/04/2024

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Petraglia avalia 2023, fala do peso da saída de Felipão e minimiza possível ausência do Athletico na Libertadores

Presidente do Athletico diz que a torcida está mal acostumada e fala em ano espetacular


Petraglia avalia 2023, fala do peso da saída de Felipão e minimiza possível ausência do Athletico na Libertadores Imagem: Reprodução

O presidente Mario Celso Petraglia avaliou a temporada 2023 do Athletico e reconheceu que o clube não estará na Libertadores do próximo ano por consequência do planejamento que precisou ser refeito no meio do caminho. Petraglia lamentou os resultados esportivos deste ano, mas lembrou as conquistas recentes e disse que a torcida está mal acostumada.

Esse ano foi espetacular para o Athletico, se deixarmos de lado o futebol.

— Mário Celso Petraglia, presidente do Athletico

— O nosso planejamento deste ano era com Felipão, que nos deixou no meio do caminho. Em vez de contratar um novo técnico para completar o ano, preferimos prestigiar o nosso auxiliar, que nos mostrava condição e capacidade. E não caímos para a segunda divisão. Tem aí um grupo da cidade que, mesmo com a SAF pagando as contas e investindo, caiu. Mas realmente estamos estudando e vamos trazer um treinador à altura do que pretendemos - garantiu, em entrevista coletiva.

Petraglia não se eximiu da culpa, mas disse ter sido surpreendido pela saída de Felipão, que sustentava Paulo Turra no comando do time. Segundo o dirigente, a proposta financeira do Atlético-MG foi quatro vezes maior ao que o Athletico pagava.

— Sem nenhuma desculpa, somos os responsáveis e reais culpados. Lamentavelmente ele nos deixou e não teve nem a capacidade de dar um telefonema dizendo que deixaria o Athletico. Assumiu o Atlético-MG com retorno financeiro infinitamente maior do que nós pagamos. Aí saímos da nossa rota para contratar um técnico no meio do caminho. Wesley já conhecia a nossa estrutura e os nossos jogadores - explicou.

Tripartite, Naming Rights e Liga

O dirigente mostrou tranquilidade quanto aos resultados de Wesley Carvalho no comando do time e destacou, na entrevista, objetivos atingidos extra-campo que elevam o balanço da temporada.

— A torcida está mal acostumada, então temos que ganhar campeonatos todos os anos, ir para Libertadores. Ficaremos fora da Libertadores, mas quem sabe ganharemos o tricampeonato da Sul-Americana. Vamos fazer um time extremamente competitivo - promete Petraglia.

— Tivemos três objetivos conquistados que deram tranquilidade para o Athletico. Pagar o tripartite, zerar a dívida, naming rights e a Liga Forte União. A torcida se sente no direito de nos obrigar a disputar todos os anos a Libertadores. Somos o sétimo no ranking da Conmebol e somos terceiro no ranking da CBF. Quando chegamos aqui, o Athletico nunca havia disputado um campeonato internacional - completa.

O acordo entre Athletico, prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná pela reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014, assinado neste ano, fez a dívida cair para aproximadamente R$ 600 milhões. O Athletico pagou R$ 50 milhões à vista.

— Muitas vezes a gente não investiu tanto quanto gostaríamos porque foi guardando caixa para um possível acordo. O saldo da dívida será pago em 15 anos. Praticamente R$ 10 milhões por ano de um faturamento de R$ 400 ou 500 milhões que a gente vem conseguindo. Ainda vendemos o naming rights, que paga esse montante - reforça Petraglia.

2024 sem Libertadores

A negociação da dívida, a situação de caixa e a convicção de que o Athletico é dono de um dos melhores estádios e melhores centros de treinamento da América Latina dá a Petraglia a confiança de que fechará um quadriênio como presidente com mais resultados positivos do que negativos.

Nosso clube teve um ano como nunca tivemos.

— Mário Celso Petraglia, em entrevista

Apesar de minimizar a frustração diante da provável ausência na próxima Libertadores, o vice da Libertadores de 2022 ainda dói.

— No ano passado tivemos uma boa campanha no futebol, conquistamos o vice da Libertadores, e se não fosse aquela expulsão (de Pedro Henrique) com certeza o resultado seria diferente. O time do Flamengo é um time velho. Não treinam como nós treinamos. O resultado poderia ser diferente, mas é o futebol, faz parte - lembra o dirigente.

Na entrevista coletiva à imprensa, Petraglia reafirmou o desejo de transformar o Athletico em SAF mas disse que o projeto ficou caro. Ao confirmar que vai concorrer nas eleições para presidente e que tem capacidade para seguir à frente do clube, ele destacou que o último passo da sua missão no cargo é a transformação do Athletico em um clube-empresa.




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