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Delmiro Gouveia,29/03/2024

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Juri de ex-PM é cancelado após advogado abandonar plenário

Réu tem cinco dias para constituir novo advogado e, assim, o júri será remarcado; Josevildo Valentim é acusado de matar e estuprar uma mulher


Juri de ex-PM é cancelado após advogado abandonar plenário Foto: Assessoria

Foi cancelado o júri popular do ex-policial militar Josevildo Valentim dos Santos Junior. O julgamento até começou e prosseguiu durante quatro horas, quando o advogado do réu teria ficado insatisfeito com uma negativa do juiz e abandonou o caso e o plenário nesta quinta-feira (13).

Por este motivo, o júri foi cancelado por abandono processual do advogado de defesa. Com isso, o réu tem cinco dias para constituir novo advogado e, assim, o júri será remarcado.

O julgamento do réu Josevildo Valentim dos Santos Júnior, ex-policial militar, foi iniciado às 8h desta quinta (13), no Fórum do Barro Duro, em Maceió. Ele é acusado de estuprar e matar um jovem de 18 anos em 2019. O namorado da jovem foi vítima de tentativa de homicídio no mesmo caso. A vítima sobrevivente, Agnísio dos Santos Souto, foi o primeiro a depor. Foram ouvidos também o pai de Agnísio e o irmão da vítima fatal, Aparecida Rodrigues Pereira. No final da manhã, o réu foi interrogado.

O promotor Frederico Monteiro disse esperar que Josevildo seja condenado por homicídio qualificado por cinco questões, quanto à vítima Aparecida: motivo torpe, meio que dificultou a defesa, intenção de ocultar outro crime (o estupro) e contexto de feminicídio. "Existem provas robustas, significativas, todas bem correlacionadas, muito bem casadas", afirmou Frederico.

O réu confessou o crime, e o advogado Luiz Estevão Perez, que posteriormente abandou o plenário, explicou que a defesa sustenta que Josevildo não deve ser condenado, pois sofre de esquizofrenia e psicose, sendo, portanto, inimputável, além de ser usuário de drogas.

"Valentim é uma pessoa doente e não era pra estar na corporação. Ele já tinha atestado, e ainda que não tivesse, entrou na Polícia sem passar pelo crivo de psiquiatras. Ele entrou, popularmente dizendo, pela janela. A junta médica liberou ele e um mês depois ele foi cometer uma insanidade. Ele é insano", disse Estevão.

O caso

Na época do fato, em 15 de outubro de 2019, Josevildo era policial militar. Ele é acusado de estuprar e matar Aparecida, além de tentar assassinar Agnísio, que estava em um início de relacionamento com a mulher.

Segundo os autos, Aparecida e Agnísio estavam na porta de casa, na Ponta Grossa, quando Josevildo, que trafegava pela região com seu veículo, se aproximou do casal e os rendeu utilizando uma arma de fogo.

Agnísio relata que o Josevildo ordenou que as vítimas entrassem no carro, e foi colocado na mala do veículo, enquanto Aparecida ficou no banco do passageiro. Josevildo dirigiu até o Pontal da Barra. Ao chegar no local, o acusado iniciou o estupro.

Em seguida, o réu abriu a mala do veículo e ordenou que Agnísio saísse. Josevildo disparou quatro vezes contra ele, tendo um dos tiros acertado a vítima na nuca. Em seguida, o réu disparou duas vezes contra Aparecida, que morreu no local.




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