O município de Água Branca, no Alto Sertão de Alagoas, deu mais um passo importante na preservação e valorização do patrimônio cultural. Em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL - Campus Sertão), o município apresentou nesta quinta-feira (20), o Projeto Arquitetônico de Restauração e Museu da Casa da Baronesa, e Ressignificação Patrimonial das Fazendas Cobra e Chupete, localizadas no município. 

O evento foi realizado na Chácara da Dra. Quitéria, localizada no município, e contou com a participação do prefeito Zé Carlos, do secretário de Cultura e Turismo Heládio Cardeal, além do Reitor da UFAL, Josealdo Tonholo, e dos professores Rachel Rocha de Almeida Barros e Siloé Soares de Amorim (antropólogo) do Instituto de Ciências Sociais (ICS/UFAL) e convidados.

Desenvolvido pelo ICS/UFAL, e apresentado à Prefeitura Municipal de Água Branca e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-AL), visando reunir instituições em prol da elaboração do processo de Tombamento, o projeto têm por finalidade promover o desenvolvimento histórico-cultural, econômico, educacional e turístico do município. 

Construído na época do Brasil Império, e rico em história, o Palacete da Baronesa se transformará em um espaço museológico e de documentação/iconográfica para fins de pesquisa e de preservação do patrimônio material e imaterial, e está orçado em mais de R$ 8,5 milhões.

Já o Casarão Cobra, se transformará em uma possível sede para um Centro de Pesquisa e a instalação de um Banco de Dados, reunindo informações de caráter sócio histórico, arqueológico, antropológico e ecológico do Semiárido Alagoano e da região, enquanto o Casarão Chupete será um Centro de Formação Rural ou Escola Rural, atendendo a demanda social dos trabalhadores rurais dos Assentamentos Cobra e Chupete, e adjacências.  

De acordo com o relatório de visita técnica do ICS/UFAL, a implantação desse circuito cultural considera as singularidades da cultura popular, da cultura econômica, a interação com o meio ambiente e a formação sociocultural histórica e política do Município de Água Branca e região, somados aos aspectos positivos que o potencial turístico sustentável da região oferece. Ainda de acordo com o ICS/UFAL, não se pode pensar em implantação de equipamentos culturais (museus, escolas, centros de pesquisa) sem se levar em conta o contexto cultural no qual se insere.

Tais ações, colocam Água Branca na rota turística da região do semiárido alagoano, através da valorização e preservação histórica e cultural, desbancando o município de Delmiro Gouveia, e se juntando a cidades como Piranhas e Olho D’água do Casado.

*Atualizada às 12h30min